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9 anos atrásno
A cidade de Maués, a bela “Mundurucânia”, terra que produz o saboroso fruto do guaraná, está na contagem regressiva e ultima os preparativos para inauguração a a tradicional “Festa do Guaraná” que será aberta ao grande público no dia 30 de novembro e termina no dia 2 de dezembro como tradicionalmente ocorre, sempre com grandes atrações, com concursos de trajes típicos e ainda da rainha do festival, sempre abrilhantado por lindas “mundurucânias” e shows musicais.
A festa, que movimenta toda a cidade, mas com a grande concentração popular na charmosa praia da Ponta da Maresia, é a maior manifestação cultural da cidade que só tem acesso por via fluvial ou aérea e fica a pouco mais de 300 km de Manaus.
Para a confecção dos trajes, que sempre fazem referência ao guaraná, são usados folhas,frutos, palha, escamas de peixe, cipó, penas, entre outros. O prêmio para o criador da vestimenta é de R$ 1 mil e para a modelo, R$ 500.
Durante a festa, a comercialização de artesanato na cidade, elaborados com produtos e subprodutos do guaraná, faz a alegria dos artesãos, que conseguem um bom faturamento com a venda dessas lembranças aos turistas, especialmente os fabricados com a massa do próprio guaraná, além da comercialização em larga escala dos famosos “bastões” de guaraná, muito procurado pelos visitantes, pela fama que a fruta tem de afrodisíaca.
Para celebrar a colheita, que acontece uma vez por ano a partir do mês de outubro, os produtores se reúnem neste evento para mostrar as diversas formas de consumo do guaraná e a cultura dos moradores – a maioria descendentes deindígenas. Dentre as diversas atividades, há a representação teatral da lenda e do mito do fruto.
Nesse recebe visitantes de Manaus e de outros estados para a festa, que é uma de suas principais comemorações, mas maior afluência ocorre por parte dos habitantes dos municípios que ficam no chamado baixo-Amazonas, mais próximos de Maués, como Itacoatiara, Urucurituba, Urucará, Silves, Itacoatiara, Parintins e Nhamundá, isso para falar apenas em municípios do Amazonas.
Centenas de grandes, pequenos e médios e barcos ficam ancorados na praia, enquanto os donos se divertem com shows, apresentações, comidas e bebidas típicas.
O evento, organizado pela prefeitura com patrocínio do Guaraná Antártica, chega a movimentar em larga escala a economia municipal, além de reunir os produtores de guaraná e incentivar cada vez mais a sua produção, a maior fonte da economia do município.
Os moradores da cidade vivem basicamente desta produção. São mais de 55 mil habitantes em Maués e amaior parte vive na zona rural por conta do guaraná. “Entre novembro e janeiro, a produção rende ao município cerca de 7 a 10 milhões de reais, segundo informações colhidas junto aos órgãos oficiais da cidade.
Um dos pontos marcantes da festa, são as lendas contadas através de bonitas danças folclóricas, todas enfocando o produto guaraná.
O nascimento deste pequeno fruto, que é a principal fonte de renda de Maués, tem algumas histórias. Em uma delas, o guaraná teria nascido do grande amor entre dois índios, Cereçaporanga, da tribo Mawés, e um rapaz da tribo dos mundurucus.
As duas tribos eram rivais, então eles fugiram e foram perseguidos. Desesperados, eles se abraçaram e pediram ajuda aos céus. O deus Tupã lançou um raio sobre os dois.
Todos pensaram que eles tinham morrido, mas eles haviam sido levados ao céu para permanecer abraçados e no solo, onde o raio tocou, Tupã fez brotar uma fruta que lembrava os olhos cheios de paixão e energia da índia: o guaraná. O fruto é conhecido por ser fonte de energia e vitalidade.
O município é tomado por competições como a Corrida do Guaraná e disputas esportivas, como futebol, vôlei e futevôlei.
À noite, os visitantes poderão conferir um show e desfiles interessantes e saborear os pratos típicos da cidade, com base no peixe, em especial o tambaqui, tucunaré, surubim e o pirarucu, o maior peixe da agua doce.
Nesse período, a famosa praia Ponta da Maresia fica tomada de banhistas mergulhando nas negras águas do rio Maués, tomando “ banho de sol”, praticando esportes e tomando umas geladas e gravando nas suas lentes e retina as belezas naturais desse belo e bucólico pedaço do Amazonas.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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