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Manaus, AM, Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024

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Globo e biólogo são acusados de matar boto para forjar denúncia no Fantástico

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O biólogo e apresentador Richard Rasmussen nega as afirmações que teriam sido feitas pelo americano Mark Grieco no documentário A River Below, de ter pago pescadores de uma vila na Amazônia para matarem um boto cor-de-rosa, forjando uma denúncia que foi exibida pelo Fantástico. O boato se espalhou na internet nos últimos dias, depois que surgiram as primeiras resenhas sobre o filme, em cartaz há duas semanas em Nova York. A Globo, por sua vez, diz não poder comentar uma acusação que desconhece — pois o documentário não está disponível no Brasil –, mas que se certificou de que não havia irregularidade com as imagens antes da exibição da reportagem.

Confira abaixo o comunicado da emissora:

A TV Globo não foi procurada pelos autores do documentário e não teve acesso a ele. Como em toda a reportagem que coloca no ar, a Globo sabia quem era o responsável pelas imagens e tomou providências para checar a veracidade das informações. O material foi cedido pela AMPA – Mamíferos Aquáticos da Amazônia, e na gravação bruta, com o áudio ambiente, não havia nada que sugerisse qualquer irregularidade ou método ilícito na captação de imagens. Toda a estrutura em volta da captação e o comportamento dos pescadores mostravam que essa, para eles, era uma prática frequente, que desempenhavam com desenvoltura. Tanto a AMPA quanto o Instituto de Pesquisas da Amazônia viram as imagens e as validaram como legítimas. Tivemos o cuidado ainda de submetê-las ao Ministério Público Federal no Amazonas e fundamentar a reportagem em pesquisas do Instituto de Pesquisas da Amazônia, da UFRJ e da UERJ, que comprovaram, em amostras compradas nos mercados, que havia carne de boto rosa nas vísceras de piracatinga, peixe nocivo à saúde humana por conter altos níveis de metais pesados. Autoridades da preservação já indicavam, na época, que a população de botos estava diminuindo em 10% ao ano por causa da pesca da piracatinga. Para a TV Globo, a correção na apuração jornalística jamais é colocada em risco seja qual for a causa em jogo.

Em sua página no Facebook, Rasmussen também nega com veemência qualquer fraude na captura das imagens.

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A denúncia da matança de botos vermelhos foi necessária para barrar a caça ilegal desses bichos”, afirmou o apresentador que narrou o processo de como descobriu o uso de botos na pesca de piracatinga na região do Solimões e seus afluentes. “Sabíamos que as imagens da matança dos botos seriam importantes. Mas como conseguir uma imagem destas? O crime ocorre no meio da Amazônia em locais ermos, onde as comunidades se protegem e vivem da pesca da piracatinga. Em locais onde não há fiscalização.”

Ele então narra como conseguiu conquistar a confiança de uma comunidade que o ajudou no processo das filmagens. “Um cinegrafista que trabalha em minha equipe há mais de 14 anos gravou os pescadores arpoando dois animais e eu fotografei. Foi, definitivamente, um dos trabalhos mais complicados para nós. As imagens, com a devida proteção das pessoas envolvidas, foram entregues à AMPA [que atua na proteção de mamíferos aquáticos da Amazônia], que se tornou detentora legal dos filmes.”

Rasmussen ainda conta que foi procurado pelo produtor do filme americano, exibido recentemente no Festival de Tribeca, que também se infiltrou na mesma comunidade onde as cenas exibidas pelo Fantástico foram gravadas. “Colaboramos [com eles] até o fim, mesmo depois de terem omitido suas reais intenções.” Confira abaixo o relato completo do biólogo.

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Na reportagem, que foi ao ar em julho de 2014, o programa da Rede Globo exibiu imagens de pescadores matando um boto cor-de-rosa para usar sua carne de isca na pesca de piracatinga, um peixe da região amazônica. Depois de ser cortada, descobre-se que a fêmea morta estava esperando um filhote. Segundo a denúncia do Fantástico, os animais estavam sendo assassinados “aos milhares”. Depois da repercussão da reportagem, a pesca de piracatinga foi proibida para evitar a morte de mais botos, prejudicando a economia local.

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O diretor Mark Grieco teria convidado Rasmussen para participar seu projeto de documentário sobre o declínio da população de botos cor-de-rosa na Amazônia. Porém, quando chegou à vila, Grieco conta que foi informado pelos habitantes locais que o biólogo teria pago 100 reais aos pescadores que aparecem no vídeo para matar o animal e gravar a cena. O diretor do documentário, então, registrou a acusação em seu trabalho, sugerindo que o apresentador brasileiro teria feito isso para conseguir imagens chocantes capazes de pressionar o governo a publicar uma lei que proíbe a morte desses animais para pesca de piracatinga.

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Richard Rasmussen em cena exibida pelo 'Fantástico' (Reprodução/Divulgação)

Richard Rasmussen em cena exibida pelo ‘Fantástico’ (Reprodução/Divulgação)

Fonte: Veja

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