2 milhões de gatos podem ser exterminados com petiscos envenenados até 2020 - No Amazonas é Assim
Nos Siga nas Redes Sociais
Manaus, AM, Quinta-Feira, 28 de Março de 2024

Internacional

2 milhões de gatos podem ser exterminados com petiscos envenenados até 2020

Publicado

no

Dois milhões de gatos exterminados. Essa é a meta que o governo australiano pretende atingir até 2020. Não são gatos quaisquer, mas animais que retornaram para a vida selvagem e agora estão ameaçando cerca de 140 espécies nativas na Austrália.

São os chamados gatos ferais. “Os gatos ferais são da mesma espécie dos gatos domésticos, mas vivem e se reproduzem na selva, sobrevivendo da caça ou de animais mortos. São encontrados em toda a Austrália, em todos os habitats”, diz o Departamento de Meio Ambiente e Energia do país.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Estima-se que existam entre dois e seis milhões de gatos ferais na Austrália. Eles se alimentam principalmente de pequenos animais nativos ou exóticos, como coelhos, pássaros e lagartos.

Em julho de 2015, o país declarou oficialmente que gatos ferais são uma praga que ameaça a vida nativa australiana. “Apesar de reconhecer a importância dos gatos domésticos como animais de companhia, gatos que voltam à vida selvagem podem ameaçar a fauna nativa”, diz a declaração.

Além disso, o país lançou um programa de eliminação desses gatos não domesticados. “Eles têm sido um dos principais responsáveis pela extinção de pelo menos 27 mamíferos, desde que foram introduzidos na Austrália. Hoje, eles colocam em perigo pelo menos 142 espécies e mais de um terço dos mamíferos, répteis, sapos e pássaros que estão ameaçados”, afirma o documento Estratégia para Espécies Ameaçadas, também de 2015.

“Sendo um fator de extinção para tantos dos nossos animais nativos, e sendo uma ameaça que foi relativamente negligenciada no passado, o combate à ameaça dos gatos selvagens é a principal prioridade desse plano de ação.”

Publicidade
Confira as últimas notícias do TCE-AM

Ativistas e personalidades criticaram a medida
Na época do lançamento do programa de abate de gatos, em 2015, foram criados abaixo-assinados contra a medida.

LEIA TAMBÉM  Escândalo do Palácio de Buckingham: teste de DNA da rainha Elizabeth II exigido

Um dos mais populares conseguiu cerca de 30 mil assinaturas, muitas delas este ano, depois que o fato voltou a ganhar destaque na imprensa internacional. O texto da petição recomenda que o governo australiano utilize outro método de controle da população de gatos: fazer armadilhas para capturar os animais, castrá-los e depois liberá-los.

Personalidades também fizeram críticas públicas ao governo australiano, entre elas, a atriz francesa e ativista pelo direito dos animais Brigitte Bardot. “Esse genocídio animal é desumano e ridículo. Além de ser cruel, matar esses gatos é absolutamente inútil, já que o resto deles continuará se reproduzindo”, escreveu Bardot em carta para o então ministro do Meio Ambiente australiano.

Em resposta, o governo australiano disse que “não é realista ou factível fazer armadilhas e castrar milhões de gatos ferais nos mais de sete milhões de quilômetros quadrados” do território australiano. Além disso, argumentou que não seria humano permitir que animais nativos continuem sendo mortos pelos gatos, dia após dia.

Petiscos envenenados e espalhados com aviões e drones
Segundo o Departamento de Meio Ambiente da Austrália, os métodos de tiro e armadilha são difíceis, caros, demorados e exigem pessoal especializado. Assim, “a forma mais efetiva de controlar os gatos selvagens em grandes áreas é por meio de petiscos envenenados”.

Tratam-se de pequenos petiscos de carne, injetados com uma toxina fatal para os gatos. A recomendação é que sejam jogados no chão, com aviões ou drones, por exemplo – já que gatos não cavam o solo para achar comida.

Publicidade
Confira as últimas notícias do TCE-AM
Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Há mais de um tipo de veneno. Para a região da Austrália Ocidental, o governo desenvolveu uma isca chamada “Eradicat”. É um petisco de carne de canguru e frango com uma toxina sintética chamada de 1080, que reproduz um veneno natural encontrado em algumas plantas dessa região.

LEIA TAMBÉM  Trailer: A pedido de fãs, Sonic ressurge com nova aparência e impressiona

Por isso, muitos dos animais nativos da região já desenvolveram resistência. Já os gatos, que são espécies exóticas, não têm a mesma tolerância e acabam não resistindo. Ao ser ingerido, o 1080 interromper a capacidade das células dos gatos de processar energia, fazendo com que percam a consciência e morram.

Já em outras regiões da Austrália, como o Norte e o Leste, a toxina 1080 pode ser perigosa também para espécies nativas. Assim, o “Eradicat” não é recomendado. Como alternativa, o Departamento do Meio Ambiente desenvolveu outro tipo de petisco, contendo uma cápsula de plástico rígido com veneno, chamada “Curiosity”.

Gatos não costumam mastigar muito a comida, pelo contrário, tendem a engolir pedaços inteiros. Assim, acabam ingerindo a cápsula envenenada presente no petisco. Já a maioria dos animais nativos australianos mordiscam e mastigam a comida e acabam cuspindo o plástico presente no petisco.

A “Curiosity” provoca a morte por falta de envio de oxigênio para o cérebro e outros órgãos vitais. “É um claro ganho de humanidade em relação a outras toxinas”, diz o Departamento de Meio Ambiente da Austrália.

Abatimento de 2 milhões de animais
O documento Estratégia para Espécies Ameaçadas, de 2015, estabelece metas para conter os gatos ferais.

LEIA TAMBÉM  Adolescente encontra cadáver enquanto jogava Pokémon Go

Entre elas, abater 2 milhões de animais até 2020; erradicá-los completamente de cinco ilhas, para que estas se tornem santuários de espécies selvagens; e manejar sua presença em até 12 milhões de hectares (equivalente aos Estados de Pernambuco e Sergipe juntos).

Publicidade
Confira as últimas notícias do TCE-AM

A previsão era abater 150 mil gatos até 2016, 1 milhão até o 2018, até chegar a 2 milhões em 2020.

Os princípios que norteiam a eliminação dos gatos são que ela seja feita de forma “humana, efetiva e justificável”. As ações são tomadas principalmente em regiões remotas e longe das cidades – reduzindo o perigo para os gatos domésticos.

Uma das maiores dificuldade para atingir essas metas é que os gatos não domesticados estão espalhados por regiões muito extensas e são tímidos. Por isso, é difícil localizá-los.

Para ajudar na tarefa de localização dos animais, o Departamento do Meio Ambiente da Austrália financiou o lançamento do site Feral Cat Scan, que recebe relatos de avistamento de gato ferais.

“As informações fornecidas vão ajudar a identificar soluções para manejar os gatos selvagens e reduzir seu impacto na preciosa vida nativa australiana”, diz o site, que já recebeu mais de 4 mil notificações – 130 apenas este ano.

Ainda não há informações sobre o status das metas de abate. Este ano, o governo australiano lançou uma pesquisa destinada a organizações e australianos em geral que estejam envolvidos no combate ao gato feral. O objetivo é entender como está sendo o “esforço nacional para combater essa ameaça” e conhecer os progressos feitos até 2018.

Publicidade
Confira as últimas notícias do TCE-AM

*Com informações do G1

Deixe seu comentário aqui embaixo 👇…

Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

Lendas Amazônicas, Urbanas e Folclóricas!

Notícias da ALE-AM

Curta a gente no Facebook

Bora Falar de Direito?

Confira as dicas de direito

Prefeitura de Manaus

Últimas notícias da Prefeitura de Manaus

Governo do Amazonas

Últimas notícias do Governo do AM

Tribunal de Contas do Amazonas

Últimas Notícias do TCE-AM

Águas de Manaus

Últimas notícias da Águas de Manaus

Assembleia Legislativa do AM

Últimas notícias da ALE-AM

Entre em nosso Grupo no Whatsapp

Participe do nosso grupo no Whatsapp

Últimas Atualizações