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11 anos atrásno
Reza a lenda que as tribos de Munducurucânia eram as mais prósperas dos índios. Venciam todas as guerras, as pescas eram ótimas, os peixes, os melhores e a doença era rara. E nessa tribo existia um casal que não puderá ter filho, dentro da tribo de Munducurucânia viviam os índios Maués e entre eles um casal jovem, muito feliz e amado pela tribo.Porém, a felicidade do casal era abalada pela tristeza de não terem filhos.
Aconselhados pelo pajé, resolveram buscar ajuda de Tupã e pediram-lhe então, a graça de poder terem um filho.
Meses depois, a índia deu a luz a um menino.
O pequeno índio crescia saudável e feliz. Era muito querido por todos, pois era muito bondoso, criativo, prestativo e cheio de alegria. O curumim chamava-se Aguiry, um alegre e esperto indiozinho, que para se alimentar comia somente frutas. Por isso, todos os dias saía pela floresta à procura de seu prato preferido; as frutas. Ele as colhia e trazia-as num cesto para distribuí-las entre seus amigos. Por isso ele também era a verdadeira sensação da tribo e sua família muito admirada. Ele era o mais protegido de todos. Nas pescas, era acompanhado por muitos – os pescadores desviavam dos rios as piranhas, jacarés ou qualquer outro perigo.
A fama do curumim se espalhou pela floresta e chegou ao conhecimento de Jurupari. Jurupari, o demônio das trevas, vagava pela floresta. Tinha corpo de morcego, bico de coruja e também alimentava-se de frutas, esse cheio de inveja passou a acompanhar o pequeno índio. Como podia ficar invisível, ninguém o via.
Um certo dia, Aguiry perdeu-se na mata por afastar-se demais da aldeia. Jurupari aproveitou-se da ocasião e transformou-se numa serpente venenosa que picou o menino. O pequeno índio morreu quase que instantaneamente. O veneno da serpente era muito poderoso para o seu frágil corpinho de criança.
Preocupados com a demora do curumim, vários índios da aldeia partiram pela floresta para procurá-lo. Os índios da tribo encontram-no morto ao lado do cesto vazio. Neste momento, raios e trovões caiam do céu. Os índios diziam ser o lamento de Tupã.
A mãe do curumim morto recebeu uma mensagem de Tupã dizendo:
– Tirem os olhos do curumim e plantem-no na terra firme, reguem-no com lágrimas durante 4 luas e ali nascerá a “planta da vida”, ela dará força aos jovens e revigorará os velhos.
Os pajés não duvidaram, arrancaram e plantaram os olhos do curumim e regaram com lágrimas durante quatro luas.
Nasceu ali uma nova planta, travessa como as crianças, com hastes escuras e sulcadas como os músculos dos guerreiros da tribo. E quando ela cresceu, brotava uma linda plantinha, o Guaraná, com fruto vermelho e que por dentro pareciam os olhos do menino. Diziam os índios:
– É a multiplicação dos olhos do príncipe!
E o fruto trouxe progresso da tribo. Ajudou os velhos e deu mais força aos guerreiros.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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