Política Aliados de Temer entram em parafuso e defendem anulação da delação do executivo da Odebrecht Por No Amazonas é Assim Publicado em 12 de dezembro de 2016 2 min - tempo de leitura 7 Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe no Pinterest Compartilhe no Linkedin Brasilia – Aliados do presidente Michel Temer vão reforçar nesta semana as críticas ao vazamento da delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. A estratégia é questionar a legalidade da divulgação, o que, para deles, poderia comprometer a delação, assim como ocorreu com o depoimento do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Com base nisso, o esforço é para tentar invalidar o depoimento. Um dos que vão defender essa tese é o presidente do PMDB e líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), citado, assim como Temer, pelo ex-diretor da Odebrecht. Uma reunião de emergência no Palácio do Jaburu foi realizada na noite deste domingo, 11, com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário de Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco, também citados pelo ex-executivo. Segundo interlocutores do presidente, apesar de “tranquilo”, Temer está “indignado” e afirmou que o depoimento ainda precisa ser homologado no Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou, no sábado, uma investigação sobre o vazamento do anexo de delação premiada de Melo Filho. Janot foi o responsável por suspender a negociação com Léo Pinheiro, depois de vazamento à imprensa. Votações No Jaburu, na noite deste domingo, além de discutir os efeitos políticos das delações da Odebrecht, o presidente revisou a estratégia de votação de temas na área econômica que estão na pauta do Congresso. O objetivo do governo é reagir, nesta última semana de atividades no Legislativo, a mais uma crise política mostrando “trabalho”. Para isso, pretende demonstrar força garantindo a votação da chamada PEC do Teto e do Orçamento. No atual cenário, o presidente continuará investindo em conversas com a base aliada e, principalmente, com os tucanos, que devem ficar com o comando da Secretaria de Governo, apesar do imbróglio envolvendo a possível nomeação do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que chegou a ser dado como certo no cargo. A decisão, entretanto, foi suspensa por causa da pressão de parlamentares do Centrão (PSD, PP, PR, PTB entrou outros). Temer recebeu neste domingo Imbassahy no Jaburu e o nome do deputado ainda segue como um dos mais cotados para cargo. Antes de bater o martelo, o presidente vai acertar nos próximos dias com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e com parlamentares do Centrão os últimos detalhes. Há a expectativa de que o nome seja anunciado ainda nesta semana. Agenda No Senado o foco será na terça, com a votação em segundo turno da PEC que limita os gastos públicos, medida considerada vital para o governo Temer. No mesmo dia, os parlamentares querem, em uma sessão do Congresso, votar o Orçamento e vetos. Na Câmara, a Reforma da Previdência precisa ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “A base do governo está ciente da responsabilidade que tem com o País”, disse o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE). Michel Temer / Foto : Divulgação Fonte : Estadão