Brasil Jovem que vestia camiseta ‘ele não’ é marcada por canivete com suástica Por No Amazonas é Assim Publicado em 10 de outubro de 2018 2 min - tempo de leitura 36 Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe no Pinterest Compartilhe no Linkedin Uma jovem de 19 anos registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil de Porto Alegre na última segunda-feira (8/10), após ser agredida e ter uma suástica (símbolo nazista) marcada no corpo com um canivete. De acordo com a vítima, ela usava uma camiseta de apoio ao movimento #EleNão, em oposição ao candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), quando foi abordada por três homens. A mulher desceu de um ônibus e estava a caminho de casa, quando o grupo começou a questioná-la sobre o uso da roupa. Os homens a agrediram com socos e por fim desenharam uma suástica na barriga da vítima utilizando um canivete. Uma mulher afirmou ter sido marcada em represália por usar uma camiseta em que estava escrito #Elenão – Imagem: Divulgação A denúncia foi feita na 1ª Delegacia de Polícia Civil, que informou nesta quarta-feira, 10, que o caso está sendo investigado. Policiais buscam imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os agressores. A ocorrência repercutiu nas redes sociais após a publicação de uma jornalista de Brasília, que conversou com a vítima e a convenceu a procurar a polícia. “Ela foi agredida, humilhada no meio da rua. E como se não bastasse, dois homens seguraram seus braços, enquanto o terceiro cravava uma suástica na sua costela. Uma suástica”, escreveu Ady Ferrer no Facebook. O delegado Paulo César Jardim, que investiga o caso, minimizou o caso e disse que se trata de um símbolo budista de amor, paz e harmonia. E questionado se haveria sentido em agredir alguém para marcar um símbolo de amor em seu corpo, o delegado argumentou que não pode descartar nenhuma hipótese. Procurado, o chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt, disse que a orientação é “de que se trata de uma lesão, é uma circunstância grave que deve, merece e precisa ser apurada”. Questionado sobre os casos recentes de violência de seus apoiadores, o candidato do PSL disse que não tinha o que fazer. “Quem levou a facada fui eu, pô. O cara lá tem uma camisa minha e comete um excesso. O que eu tenho a ver com isso?” E completou: “Não tenho controle sobre milhões e milhões de pessoas que me apoiam”. Os casos de agressões por motivos políticos se espalham pelo Brasil, sendo físicos e verbais. Uma mulher afirmou ter sido marcada em represália por usar uma camiseta em que estava escrito #Elenão – Imagem: Divulgação